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O dia 23 de outubro de 2021 (sábado), às 20h30, entrará, por diversas razões, para a história da Fundação Clóvis Salgado (FCS), instituição cultural brasileira que, desde 1971, produz montagens operísticas por excelência. A data marcará a primeira encenação na América da ópera TOLOMEO E ALESSANDRO, com música de Domenico Scarlatti e libreto de Giuseppe Capece.
Há outra questão que também ajuda a dimensionar a importância dessa montagem. Composta em 1711, TOLOMEO E ALESSANDRO representa também a primeira encenação no Brasil de uma obra da família italiana Scarlatti. E, neste caso, essa obra apresenta de maneira magistral, por meio de música e poesia, questões humanas universais, como o amor, o ciúme, a inveja, a ambição e a fraternidade.
Resultado da parceria cultural entre a Fundação Clóvis Salgado, o Consulado da Itália em Belo Horizonte e a OPEMG Cia de Ópera Barroca, a montagem de TOLOMEO E ALESSANDRO tem direção musical, artística e regência de Robson Bessa, direção vocal de Sérgio Anders e direção cênica de Francisco Mayrink.
Protagonizam a história os solistas Sàvio Faschét (contratenor), no papel de Tolomeo; e Daiana Melo (soprano), interpretando Alessandro. Completam o elenco Camila Corrêa (Elisa), Carol Rennó (Dorisbe), Luane Voigan (Seleuce) e Sérgio Anders (Araspe). A encenação contará com a execução musical da Orquestra Barroca Musica Figurata, a mais antiga e mais importante orquestra especializada em música barroca de Minas Gerais. Realizou concertos em diversas cidades do Brasil, Paraguai e Canadá, trabalhando com grandes artistas como Sérgio Anders, Nichola Viggiano, Patrice Côté. Foi responsável pela criação, de 2005 a 2014, da série de concertos ‘Museu Mineiro e as Origens da Música Colonial Mineira’.
A proposta da montagem é mergulhar no universo da ópera barroca italiana através da obra de Domenico Scarlatti, filho de Alessandro Scarlatti, grandes compositores operísticos dos séculos XVII e XVIII. Nascidos na Itália, país onde surgiu a ópera, os Scarlatti foram fundamentais no desenvolvimento do gênero artístico que ganhou o mundo ocidental, sendo exportado para outros países, a partir do período barroco.
Robson Bessa, estudioso da música barroca italiana no Brasil e um dos principais especialistas na interpretação da música vocal da família Scarlatti, revela que entre os anos 1779 e 1781, foram representados mais de 70 títulos de óperas italianas, na Casa da Ópera, em Ouro Preto. "Antigamente, cidades como Sabará, Santa Luzia, Juiz de Fora, Nova Lima e São João del-Rei também abrigavam suas Casas da Ópera. A partir daí eu percebi a necessidade de recriar essa tradição da música barroca italiana em Minas Gerais. Por isso será encenada TOLOMEU E ALESSANDRO, com uma Orquestra Barroca, no Palácio das Artes, a principal instituição operística de Minas Gerais", pontua.
Para o Consul da Itália em Belo Horizonte, Dario Savarese, a ópera TOLOMEO E ALESSANDRO chega ao Palácio das Artes - num perfeito e, ao mesmo tempo, inesperado